Depois do sim, de Taylor Jenkins Reid

Os romances românticos não fazem muito o meu estilo. É bem mais provável que vocês me vejam mergulhada em um suspense, um drama ou um livro de não-ficção. Ainda assim, decidi começar a leitura de “Depois do Sim” por dois motivos. Primeiro, porque já li outros livros dessa autora e gostei da maioria. O segundo motivo, embora difícil de admitir, é que faz tempo que viver um romance na vida real parece algo distante para mim. Assim, ler sobre um foi a alternativa mais próxima que encontrei.

“Somos capazes de amar e odiar, sentir saudade e desprezo, tudo ao mesmo tempo. Nunca mais queremos nos ver, mas ao mesmo tempo nos recusamos a desistir”.

Quem leu ou assistiu “Um Dia” certamente se lembra do casal Emma e Dexter. Uma cena marcante é quando eles se abraçam, e Emma diz: "I love you, Dexter, I just don’t like you anymore." O livro de Taylor aborda exatamente essa complexa e dolorosa dualidade: o momento em que você percebe que talvez tenha deixado de gostar da pessoa que ainda ama.

Em “Depois do sim” conhecemos o casal Lauren e Ryan. Eles se conheceram aos 19 anos começaram a namorar, depois de alguns anos se casaram e, no total, estão juntos há 11 anos. Ou seja, eles são um casal jovem – estão com 30 anos – e já têm muitos anos de relacionamento. Tudo fluiu muito bem durante esses anos, mas atualmente estão passando por uma crise, com dificuldades de entender um ao outro, parecem desconectados e pequenas coisas do dia a dia o irritam profundamente.

Melhores livros de 2024

2024 foi um ano em que li menos do que gostaria, e nem todas as leituras me conquistaram, mas três livros se destacaram e eu gostaria de recomendá-los pra vocês. Apesar de serem obras muito diferentes entre si cada um deles trouxe histórias profundas, marcadas por reflexões e dramas familiares que me fizeram repensar relações, escolhas e o impacto que deixamos na vida uns dos outros.

Livros favoritos de 2024

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Intermezzo, de Sally Rooney

A escrita de Sally Rooney me encantou desde o primeiro livro dela que li. "Intermezzo", seu quarto romance publicado, reafirma a maestria dessa autora irlandesa em explorar as relações humanas com profundidade. Com apenas 33 anos, Rooney já estabeleceu um estilo que – para mim – é inconfundível, e este livro, embora tenha me causado desconfiança inicial por conta do título e da capa, conquistou o segundo lugar no meu ranking pessoal das obras dela, ficando atrás apenas de "Pessoas Normais".

O título, “Intermezzo”, que inicialmente não me atraiu, revelou-se absolutamente pertinente à trama. O termo, que pode significar um breve intervalo entre atos de uma ópera ou um movimento inesperado no xadrez, é uma metáfora perfeita para a história.

A trama é centrada nos irmãos Peter e Ivan, que se reencontram no funeral do pai. Com personalidades e trajetórias distintas, a relação entre os dois, antes marcada pela proximidade e admiração na infância, agora se deteriora em atritos e silêncios. Rooney aborda de forma brilhante as dificuldades de comunicação que podem permear as nossas relações mais íntimas. Essa dificuldade de exteriorizar o que se sente e o que se pensa, que já foi um desafio pessoal para mim, fez com que eu me conectasse profundamente com os personagens e suas lutas.

A Fúria, de Alex Michaelides.

Assim como a maioria das pessoas, conheci o Alex Michaelides através de seu primeiro suspense publicado no Brasil: A Paciente Silenciosa. Foi, inclusive, uma indicação da Amanda, criadora deste blog. Minha primeira experiência com o autor foi incrível. Recomendo o livro sempre que tenho oportunidade. A segunda experiência foi bem diferente da primeira, mas também tem um parecer positivo. Li A Fúria freneticamente graças ao poder de cativação que a escrita do autor tem.

A Fúria é o terceiro livro de Michaelides publicado aqui no Brasil e nele vamos ser apresentados a Lana, uma ex-atriz de Holliwood que se aposentou sem dar muitas explicações no auge de sua carreira e foi viver em Londres. No entanto, Lana não gosta muito de Londres e sempre que pode foge para uma ilha que possui na Grécia, presente de seu ex-marido (dinheiro pouco é bobagem). Em um de seus momentos de tédio em Londres ela resolve convidar Elliot, seu melhor amigo e nosso querido (e irônico) narrador, Kate, uma atriz em ascensão que é uma amiga próxima, mas um pouco competitiva, para passar o feriado de Páscoa nesta ilha com seu atual marido, Jason e seu filho, Léo. Há, além desses personagens, dois funcionários nesta ilha que compõe então, um grupo de seis pessoas. 

Logo no início do livro descobrimos que um assassinato aconteceu quando apenas essas seis pessoas estavam na Ilha. E eles precisam lidar com essa tragédia entre eles, uma vez que, A Fúria, o vento furioso da Ilha (daí o título), impede a chegada da polícia ou qualquer tipo de ajuda no local. Começa então a famigerada investigação para descobrir quem morreu e quem matou. Quem morreu descobrimos ainda no início na história, agora, quem matou? Só digo uma coisa: plot-twist dentro de plot-twist.

Confissões de uma máscara, de Yukio Mishima

Confissões de uma máscara, de Yukio Mishima, foi escrito na década de 40 e se tornou um clássico da literatura japonesa. Este foi o meu primeiro contato com esta literatura e já adianto que foi uma leitura que me marcou muito. Amei. Porém, um amor cortado. Doído. Sangrento. Meu impacto maior foi quando pesquisei sobre a vida do autor para escrever aqui. Mishima escreveu este livro quando ainda tinha 22 anos de idade e ele é repleto de recortes autobiográficos. O autor cometeu suicídio antes de completar cinquenta anos. Usou uma espada contra si mesmo. Rasgando suas vísceras. Assim como os samurais durante o haraquiri (ritual japonês de suicídio). 

Logo no início do livro, acompanhamos o desenvolvimento do personagem principal, desde a sua infância até a vida adulta. Não definiria como um romance de formação, mas chega perto disso. A história se passa em uma época conflituosa, durante o período de entre guerras e a Segunda Guerra Mundial. Num paralelo coincidente, havia um conflito dentro do nosso triste protagonista. Desde os primeiros anos escolares, o personagem começa a  perceber a completa falta de atração pelo sexo feminino e a exacerbada atração pelo sexo semelhante. Considerando a época em que o livro foi escrito já é possível imaginar a dura batalha deste personagem para construir máscaras que o forjassem a passar uma imagem que escondia sua verdadeira natureza.

A Sangue Frio, de Truman Capote

No dia 14 de novembro de 1959, quatro pessoas da mesma família foram brutalmente assassinadas. O vídeo de hoje é sobre o livro que conta essa história: A sangue frio do Truman Capote, traz a história de um crime real que aconteceu numa cidadezinha, no estado do Kansas, nos EUA.

Tenho esse livro há muitos anos, só fui ler ano passado, em 2022. E, desde que comprei, tinha muitas expectativas porque esse livro já me foi indicado por muitas pessoas, além de se tratar de um assunto que eu me interesso muito: crimes reais.

As expectativas não foram frustradas, é um livro incrível. Sensacional a capacidade do Capote de contar uma história. Lembrando que é, sim, uma leitura pesada, pois temos detalhes de um crime e duas execuções, mas que maestria para construir essa narrativa. Eu não consegui largar.


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VLOG | Livro da Britney Spears + tour pela estante

Decidi gravar um vlog nos últimos dias e nele compartilhei com vocês: as minhas leituras em andamento (são muitas!), a atual organização da minha estante e a minha experiência lendo a autobiografia da Britney Spears, "A mulher em mim".

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Carrie, de Stephen King

Sou fã do Stephen King e quero ler todos os livros dele. Por já ter visto o filme (de 2002) que foi baseado nesse livro e, assim, conhecer a história. Eu pensei que nem fosse gostar tanto da leitura de Carrie. Fui com poucas expectativas e me surpreendi positivamente. Gostei bastante da leitura. Detalhes que eu desconhecia (ou não me lembrava), fizeram a diferença. A forma que o livro é contado é envolvente, te prende. Flui bem.

Carrie é um livro sobre bullying e suas consequências mais catastróficas. É também sobre uma crença cega. Uma religiosidade fervorosa sem conexão com a realidade, sem preocupação e sem respeito com as vontades e a individualidades do outro.

No vídeo abaixo conversamos sobre Carrie, primeiro romance publicado do Stephen King.


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LIVROS NOVOS: lançamentos

Recebi nos últimos meses alguns livros lançamentos da editora Companhia das Letras. No vídeo abaixo compartilho com vocês quais foram eles. À medida que forem lidos, farei vídeos sobre a minha experiência de leitura para dividir com vocês.

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A empregada, de Freida McFadden

Como grande interessada em histórias de suspense que eu sou, quando vi a quantidade de comentários sobre esse livro, eu fiquei curiosa e decidi começar a leitura. Estou falando do livro "A empregada" da Freida McFadden. A autora é estadunidense e, além de escritora, é médica. E já tem vários livros publicados. Porém, esse é o primeiro que chega aqui no Brasil.

Esse livro cumpriu um requisito que eu considero muito importante em histórias de suspense: me prendeu, me deixou fissurada, querendo ler, querendo entender. Fiquei presa e imersa nessa leitura. Os capítulos são bem curtos, bem dinâmicos, isso ajuda muito na fluidez. Mas existiram alguns pontos pouco convincentes dentro da história. Foi um bom suspense, mas não se tornou um favorito.

No vídeo abaixo explico melhor a minha relação com essa leitura.


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