Pandemônio - Delirium #2 - Lauren Oliver

Sinopse

Dividida entre o passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.
 
Esse é o segundo livro da trilogia Delirium, uma distopia que vem conquistando muita gente desde que o primeiro livro foi lançado. Para quem ainda não leu o primeiro livro aviso que esta resenha contem spoilers dele.

Pandemônio começa onde Delírio terminou, dando sequência a fuga mal sucedida de Lena e Alex. Ele não conseguiu transpor a cerca e acabou sendo capturado e, possivelmente, morto pelos guardas. Ela continua a entrar na Selva, com o emocional abalado por pensar em Alex e em seu sacrifício, baleada e muito fraca, mesmo assim a garota não para de avançar, ainda que tenha certeza de que morrerá também. 

Quando pensa não haver mais esperanças e que a morte está mais próxima do que nunca Inválidos, aquelas pessoas que não foram curadas (e que não deviam estar vivas), a encontram e salvam sua vida. Passado algum tempo ela se recupera e passa a viver com este grupo, mas a vida não é fácil por lá, ela deve trabalhar e há sempre o fantasma da escassez rondando-os.

Dias depois de sua chegada todo o grupo de Inválidos tem que se mudar pois o inverno está chegando e não há a menor condição e eles sobreviverem naquela região quando a temperatura começar a baixar, assim eles tomam seu caminho em direção ao Sul, mas como havia de se esperar as coisas são complicados e mais pessoas morrem, os que continuam vivos tem que se proteger de perigos iminentes como Reguladores que querem capturá-los e Saqueadores (rebeldes desgarrados), sem contar os que a própria Selva tem.

Após perceberem que viver fugindo é muito difícil eles decidem se infiltrar entre os Curados para tentar fazer com que veja a verdade e se aliem a eles para combaterem a cura. Essa decisão faz com que Graúna, Lena e Prego se estabeleçam em Nova York. Todos têm novas identidades e histórias. Ela deve se infiltrar na ASD (América Sem Delíria) cujo intuito é fazer a Cura ser aplicada antes de as pessoas completarem 18 anos, um risco em potencial para a vida e a sanidade de muitos adolescentes.

Julian filho do líder da ASD, Thomas Fineman, e Lena acabam sendo sequestrados juntos e durante e esse tempo e ela lhe revela que não é, de fato, uma curada. Mas será que ela pode realmente confiar no garoto que queria a Cura mesmo sabendo que poderia morrer com isso? Será que o belo rapaz pode despertar nela algo, remotamente, próximo do que Alex fez? Só há uma maneira da garota descobrir: arriscando.

Eu comecei Pandemônio com expectativas muito altas e pode ter sido esse um dos motivos da minha decepção, mas com o final do livro anterior como poderia ser diferente? Já tinha ouvido falar que a estória deste segundo não era tão boa quanto a do primeiro, mas decidi arriscar mesmo assim, o problema é que de fato eu o achei bastante decepcionante.

Neste livro há uma alternância entre "passado" e "presente" entre os capítulos, uma coisa que me deixou bastante confusa. Sempre que pego um livro assim me pergunto "por que a autora não escreveu usando uma linha de tempo normal?", o fato de alguns autores fazerem isso sempre me da um nó na cabeça e acaba tornando a narrativa confusa para mim.

Lena mudou bastante do segundo livro para esse, ela está mais focada e menos cheia de algumas de suas principais características do livro anterior que me dava nos nervos. Ela agora está focada na sua missão e não é mais aquela menina alienada e que sonhava com a Cura, isso até ela ficar mais próxima do Julian e começar a me irritar profundamente.

As novas personagens que surgem na trama não são muito legais, a "menos pior" é Graúna, que desde quando apareceu pela primeira vez suspeitei que poderia gostar dela por ser o que podemos chamar de "líder nata". Há outros também de quem não desgostei, mas nenhum que mereça observação especial aqui.

Como já disse o segundo livro não me agradou, não conseguiu me entusiasmar da mesma forma que o primeiro, já percebi que isso acontece muito com o segundo livro da maioria das séries ou trilogias. Acho que o fato de eu gostar muito do Alex também interferiu para que não gostasse tanto deste livro, já que a coisa toda é focada na Lena (claro!) e seus objetivos e em Julian. Também acredito que estou meio cansada de triângulos amorosos e esse tinha sido um diferencial que havia me agradado muito.

A diagramação se mantém igual, mas os capítulos se dividem em "Antes" e "Agora". Sobre a capa preciso dizer que é lógico que a brasileira é a minha favorita dentre todas as que vi até agora. Gostei muito com o fato da Intrínseca ter mantido o padrão da primeira e espero muito que não mudem justamente no último livro da trilogia.



Pandemônio foi um livro razoável e posso dizer que mesmo não tendo me encantando como Delírio, e achei que o final não foi uma ferramenta desesperadora para instigar a curiosidade dos leitores em relação ao próximo volume.



9 comentários:

  1. Jessi, quase tive um ataque quando li a última parte de Delírio. Não poderia ter acontecido aquilo com o Alex de forma alguma! Estou super ansiosa para ler Pandemônio, mesmo sabendo que não vai ser tão bom. Como você disse, isso deve ser de praxe mesmo, pois todos os segundos livros de trilogias são tipo uma ponte com enrolações para o terceiro, exceto o Em Chamas, de Os Jogos Vorazes, porque aquele foi sensacional! HAHA

    Beijos,
    Caroline, do Criticando por Aí.

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  2. Eu não gostei de Delírio, pelo contrario, odiei! Mas fazer o que... Eu tentei três vezes ler o livro, mas ainda assim não vai...

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  3. Estou louca para ler esse livro!!!

    Beijos,
    www.estanteseletiva.com

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  4. Li o comecinho do primeiro e achei demais! Preciso termina-lo rs Sou apaixonada pelas capas!

    Seguindo teu blog, lindo aqui! =)

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  5. Oi Jessie!
    Sabe que ultimamente tenho me questionado da mesma forma? Realmente parece que o segundo volume de uma série acaba não superando o primeiro. Já li muitas trilogias assim,
    Apesar de muitos leitores falarem bem, o primeiro livro não me chama atenção.

    Beijo!

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  6. Sério que tu não curtiu Jessie? Para mim foi exatamente o contrário, comecei a ler com baixas expectativas e simplesmente amei, tanto quanto Delírio. Achei Pandemônio muito mais eletrizante, cheio de ação e me deixou com os sentimentos a flor da pele. Adorei a mudança da Lena e a relação dela com Julian, além de todas as descobertas que fizemos. Também curti demais a alternância dos capítulos porque isso me fez devorar o livro e querer descobrir o que acontecia em seguida. E meudeus, o que foi aquele cliffhanger do final? Tô em cólicas para ler Requiem. Beijos, Mi

    www.recantodami.com

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  7. Tenho esse em inglês há tanto tempo que devia criar vergonha na cara e ler de uma vez!

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  8. Não vou ler a resenha porque ainda não li o primeiro e não quero estragar nada, mas pela classificação, acho que agradou bastante.

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  9. Oi, Jessie.

    Gostei muito da escrita da Lauren e, na verdade, eu me amarro em narrações complexas. Tenho esperanças de que Alex retorne, de que ele consiga fugir da prisão e apareça com a mãe de Lena. Quero muito ler Pandemônio, não devo demorar a comprá-lo, embora goste de comprar as séries completas. Assim é mais fácil de ler e os livros ainda terminam custando mais barato. =) Mas eu já tenho Delírio.

    Beijos,

    Isie Fernandes - de Dai para Isie

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